Eu tenho me questionado muito ultimamente sobre a dor e a doçura de ser uma pessoa autêntica. Segundo a psicologia existencialista, ser autêntico significa que um indivíduo consegue ter coerência entre as suas crenças, valores, desejos e ações.
Algumas pessoas podem até confundir autenticidade com dizer aquilo que pensa, não ligar para o que os outros falam ou pensam de você e até mesmo ser diferente. Mas não é!
Uma necessidade latente de ser autêntico
Nos dias atuais, tornou-se urgente e quase vital para nós seres humanos, encontrarmos uma via própria e única de expressão no mundo. Temos uma necessidade latente de darmos sentido a nossa existência e de encontrarmos algo que nos faça viver com significado e propósito.
Na nossa interação com o mundo, somos influenciados por todo tipo de informação. Lidamos com uma enxurrada diária de histórias e estilos de vida de pessoas das mais diferentes culturas, raças e classes sociais. Muitas vezes esses exemplos podem ser super inspiradores, mas também, podem confundir a nossa cabeça e nos impedir de sermos autênticos.
O paradoxo de ser autêntico
Por esses motivos, eu digo que ser autêntico é um paradoxo, pois tem sua dor e sua doçura. Estamos vivendo um momento de transição global, em uma sociedade diferente, em que, precisamos ter coerência entre o que acreditamos, falamos e fazemos para nos considerarmos pessoas autênticas. No mundo empresarial, eu percebo que as organizações, muitas vezes não agem em coerência com o que pregam e acreditam. Elas se questionam sobre como dar este próximo passo? Como elas podem se mover de forma autêntica em um mundo que muda o tempo todo?
Eu acho que essa resposta não é simples, mas acredito que vivemos em uma era que pede mais colaboração, compartilhamento, compaixão, intuição e empatia. E pra mim esses valores tem a ver com “ser autêntico”.
Autoconhecimento é o segredo
Para sermos pessoas autênticas precisamos ter autoconhecimento. Ter a capacidade de olhar para o passado e compreender a nossa história de vida. Olhar para as crenças e valores que nos foram impostos na infância e ter a capacidade de mudá-los, caso não estejam gerando resultados positivos. Dessa forma, conseguimos ter consciência e clareza das nossas fortalezas, vulnerabilidades, novos valores e desejos mais profundos.
Não devemos julgar a autenticidade de uma pessoa apenas pela paixão que ela tem pelo que diz e acredita. A parte mais importante da questão é olhar para o caráter dela, compreender a sua história e o que ela decidiu fazer com toda a experiência que a vida lhe deu.
Psicólogos humanistas diriam que, por definição, as pessoas autênticas possuem uma série de características comuns que mostram que são psicologicamente mais maduras e plenas, pois elas:
- Tem percepções realistas da realidade.
- Aceitam a si mesmo e as outras pessoas.
- Enxergam o mundo com a lente da curiosidade, ao invés, da lente da verdade.
- Não precisam mudar as pessoas, as aceitam como são.
- Estão abertas para aprender com os outros e com os erros.
- Estão dispostos a mudar crenças e valores impostos durante a sua formação.
- Agem de acordo como que acreditam, sentem e dizem.
- Se expressam com segurança e liberdade, mas respeitam e valorizam outras perspectivas.
- São intuitivos e perspicazes.
- Entendem suas motivações e agem de acordo para conquistar seus objetivos.
Eu acredito que a dor e a doçura de ser autêntico reside em agir em total acordo com nosso “eu” mais profundo, com nossa verdadeira essência; aquela que contém valores que são importante pra nós, talentos e tudo aquilo que mais prezamos na vida. Ao termos coragem de manter um equilíbrio entre a nossa verdadeira essência – aquela que carrega a história do passado e aquela que honra a história que escrevemos a cada momento presente – conseguimos nos expressar de forma autêntica e nos tornamos a pessoa que nascemos pra ser.
Exercite sua autenticidade
Desenvolver empatia, apreço e coragem para ser autêntico são aspectos-chave dos meus programas de aprendizagem experienciais: Trilha de Autoconhecimento, Líder Trasmformador, Super-Ação e Vôo Essencial.
No dilúvio digital que vivemos hoje, temos que ficar atentos para cultivar o que nos torna verdadeiramente humanos – a capacidade de amar uns aos outros, de evoluir como pessoa e de escolher nossas ações com base em valores e no que verdadeiramente acreditamos.
Namasté!